Em Gn 19.1-11, Ló hospedou anjos e a perversão cananéia desafiou abusar deles.
No subúrbio de Honório Gurgel, na Zona Norte carioca, morou com a família até completar 12 anos, vida discreta, uma menina que tirava boas notas.
Foi aí, que levada por colegas da escola, conheceu os bailes funk, as drogas e o submundo da favela vizinha, a comunidade de Proença Rosa. A menina bonita, de classe média, com roupas e relógio de grife, era admirada e elogiada por lá.
Engravidou e teve um menino aos 13 anos; o pai da criança, um braço do tráfico local, foi morto a tiros pouco tempo depois.
“A perversão Cananéia persiste nos tempos atuais”.
Para afastá-la desse ambiente, a família se mudou para um prédio com piscina e churrasqueira, em uma área residencial, de Jacarepaguá, distante cerca de 15 quilômetros. A adolescente trocou de baile funk e de amigos, mas logo enturmou-se com a quadrilha que domina o Morro do Barão.
Apesar da pouca idade, a adolescente já passou por muito na vida. Tem um difícil relacionamento com o pai, um funcionário público licenciado depois de sofrer dois AVCs. Com ele, trava discussões aos gritos. Em uma delas, chegou a ferí-lo com um garfo. A mãe sofre de problemas mentais. A figura forte da família é a avó professora aposentada, viúva de um oficial da Marinha.
Em sua página no Facebook, agora desativada, exibia cordões com pingente na forma de fuzil e prestava homenagem aos amigos do Morro do Barão.
Na véspera do estupro, ao saber da morte de um amigo e da prisão de outros três lamentou:
“Não aguento mais notīcias ruins. Senhor, envia alguma coisa boa. Só ouço “parceiro morreu”‘ “fiel foi preso”, “tomei um tiro”.
A vida desregrada a levou ao Conselho Tutelar e a duas passagens por uma instituição de recuperação de menores, sem resultado.
Encoberta pela sombra da vergonha, do medo, da culpa e da negação da própria vítima, a violação do corpo de uma mulher é, na maioria dos casos, um ato inconfessado, tolerado e envolto em dúvidas.
Foi assim no sábado, 21 de maio, em que uma menina de 16 anos foi abusada por pelo menos nove homens durante horas. Quando isso aconteceu, a menina vinha de seis horas seguidas embaladas a bebidas e drogas em um baile funk que a deixaram fora de si.
Em conversas com psicólogo, a menina explicou porque não fez nenhuma denúncia antes de fotos em rede social, publicada pelos agressores: Primeiro, por não saber direito o que tinha acontecido. Depois, porque na favela isso é normal.
Mas, se “a perversão de Gomorra persiste nos tempos atuais”, também por efeito exclusivo da misericórdia do Senhor algo de muito especial pode acontecer.
Agora, não só para Ló e sua família, há uma chance de livramento da angústia terrena, mas também e principalmente a salvação eterna da alma, se arrependido, sem acepção, o ser humano procurar o encontro com Jesus, o meigo Salvador.
O salmista salienta a bondade de Deus, dizendo:Sl 40.2,3 – “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor.”
Que o lamento da menina e o seu clamor sejam dirigidos com arrependimento ao SENHOR DOS SENHORES, e tudo se fará novo para ela e para todos que humildemente buscarem alívio em Cristo Jesus, o bondoso e amado Redentor.
Pr João Batista